Em uma série de ‘stories’ no Instagram, Ana Hickmann revelou ser vítima de importunação nas redes sociais.
“Estou sendo perseguida por uma pessoa descompensada, uma maluca”, disse. “Tem o mesmo perfil do outro rapaz, que quase tirou minha vida, que apontou um revólver pra minha cabeça.”
A apresentadora referia-se a Rodrigo Augusto de Pádua. Em maio de 2016, ele invadiu a suíte de hotel onde Ana estava, em Belo Horizonte.
Armado, o rapaz ameaçou a artista e seus acompanhantes. A cunhada dela, Giovanna, foi baleada.
O cunhado da apresentadora, Gustavo Corrêa, irmão de seu marido Alexandre Corrêa, entrou em luta corporal com Pádua, conseguiu desarmá-lo e atirou contra ele.
Em abril deste ano, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais absolveu Gustavo da acusação de homicídio doloso.
“Antes, a gente apagava e bloqueava, dessa vez não dá mais, eu não vou mais viver com medo”, desabafou a artista na sequência de vídeos. “Ela está me assustando, perseguindo, coagindo. Não vou tolerar outro psicopata na minha vida.”
Milhões de pessoas sonham com a fama sem levar em consideração o alto preço que se paga pelo estrelato.
Alguns artistas pagaram, infelizmente, com a própria vida. Foi o caso do cantor e compositor John Lennon, assassinado a tiros por um suposto admirador há 38 anos.
A exposição na mídia afeta a privacidade e deixa o artista vulnerável – torna-se um alvo fácil a quem deseja praticar o mal, seja no ambiente virtual ou fora dele.
A criação das redes sociais incentivou a perseguição a distância. Não se trata de inofensiva bisbilhotice, e sim do hábito de ‘stalkear’. Um acossamento que pode se tornar doentio e perigoso.
Há quem faça uma espécie de tortura online por meio de mensagens invasivas, chantagens e até ameaças de morte.
Várias celebridades perderam o sossego com fãs obsessivos e ‘haters’.
Beyoncé recebeu e-mails e cartas de um homem que planejava sequestrá-la. Sandra Bullock teve a casa invadida por um rapaz armado com metralhadora. Jennifer Aniston era seguida nas ruas por um sujeito que carregava uma faca.
No Brasil, famosos como Anitta, Suzana Vieira e Malu Mader viveram situações dramáticas provocadas por pessoas que se diziam fãs e ultrapassaram a linha tênue entre a admiração e a obsessão.
Com quase 8 milhões de seguidores no Instagram, Ana Hickmann vai manter a interação virtual com seus verdadeiros fãs: “Rede social serve para coisas boas, não para pessoas perseguirem as outras, ameaçarem, atentarem contra a vida, deixar todo mundo com medo”.
Quem se sente em risco pode acionar uma delegacia comum ou unidade policial especializada em cybercrimes.
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