AntiBolsonaro, Fátima defende legalização de drogas e aborto

Apresentadora se assume progressista e comenta a ocasião em que cobrou mais solidariedade do presidente

19 jun 2020 - 14h50
(atualizado em 24/6/2020 às 15h15)

Após se reinventar como apresentadora de entretenimento após abandonar uma bem-sucedida carreira como repórter e âncora de telejornal, Fátima Bernardes dá-se o direito de opinar e, consequentemente, polemizar. Ela concedeu entrevista surpreendente às Páginas Amarelas da nova edição da Veja.

Fátima Bernardes disse ainda à Veja que por enquanto não tem plano de casamento com o namorado, o deputado federal Túlio Gadêlha: "Passamos o máximo de tempo juntos e está maravilhoso"
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Foto: Instagram / Reprodução

Em conversa com a repórter Sofia Cerqueira, a estrela das manhãs da Globo revelou se tratar de ansiedade com um psiquiatra. Chegou a tomar remédio por um tempo. Contou um episódio dramático vivido quando comandava o JN ao lado do então marido, William Bonner. "O público não percebeu, mas em 2007 tive uma crise em pleno Jornal Nacional. Comecei a sentir palpitações, meu rosto ficou vermelho, suava muito e fui deitando na bancada. Nem consegui dar boa-noite."

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Sempre diplomática e reservada, Fátima não fugiu às perguntas contundentes. Posicionou-se a respeito do debate sobre a política de drogas no Brasil. "É um assunto com prós e contras, mas sou a favor da legalização. Além de frear o tráfico e diminuir a violência, facilitaria o uso medicinal da maconha, um tema que enfrenta preconceito. Eu sou bem careta. Nunca experimentei droga. Nunca tomei um copo de chope na vida. No máximo bebo um pouquinho de vinho socialmente. Mas acredito firmemente no direito de escolha das pessoas para sua própria vida."

Questionada a respeito da legalização do aborto, a apresentadora de 57 anos, mãe de trigêmeos, também expôs sua opinião. "Sou (a favor), pelo mesmo motivo. Pessoalmente, com a estrutura que sempre tive em família, não faria. Mas ninguém tem o direito de decidir sobre as opções do outro."

Fátima comentou a repercussão de sua cobrança no ar, ao vivo, para que o presidente Jair Bolsonaro se mostrasse mais solidário aos mortos da covid-19 e suas famílias. "Fiquei indignada com a falta de compaixão daquele “Me chamo Messias, mas não faço milagre”. E cobrei."

Dizendo-se feminista, a apresentadora do Encontro descarta militar por direita ou esquerda. "Eu me considero humanista, com ideias progressistas." Em seu perfil no Instagram, onde é seguida por 11 milhões de pessoas, a jornalista tem posts em defesa da liberdade de imprensa, contra o racismo, por sororidade (solidariedade entre mulheres por suas causas) e pela união de forças no combate ao novo coronavírus.

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