Anos atrás, antes da proliferação de programas gastronômicos na TV brasileira, o inglês Jamie Oliver já era conhecido por aqui em razão de suas receitas criativas e o jeito de garotão aloprado. Suas atrações sempre foram sucesso de audiência.
O bom moço da gastronomia tornou-se dono de um império. Chegou a ter 43 restaurantes espalhados pelo mundo. Lançou uma infinidade de produtos com seu nome e atraiu milhares de pessoas para vê-lo cozinhar em teatros adaptados.
Mas agora ele recebeu a conta – altíssima, aliás – por ter se dedicado exclusivamente ao estrelato e esquecido a administração das contas.
Certo dia, seu assessor financeiro informou que não havia mais dinheiro em caixa. Era necessário fazer uma operação urgente para salvar a rede de restaurantes – e a credibilidade de seu proprietário e garoto-propaganda.
Jamie Oliver, com fortuna de 150 milhões de libras esterlinas (algo em torno de R$ 800 milhões), imediatamente injetou cerca de 15 milhões de euros (em torno de R$ 70 milhões) para amortizar as dívidas e viabilizar o pagamento aos milhares de funcionários e às centenas de fornecedores.
De repente, o rei do marketing gastronômico se viu obrigado a fechar 18 restaurantes que davam prejuízo e a rever seus projetos.
Para surpresa de todos, Oliver não se escondeu atrás das panelas: assumiu publicamente a incompetência para gerir seu negócio e os problemas financeiros.
Casos assim, de derrocada financeira protagonizada por celebridades, são mais comuns do que se imagina.
Muitos famosos priorizam as câmeras e esquecem de administrar o que ganham e gastam. Cedo ou tarde, alguém avisa que o dinheiro evaporou e eles caem na real.
Recentemente, a imprensa internacional noticiou o empobrecimento de Johnny Depp. O astro da franquia ‘Piratas do Caribe’ tinha gastos mensais de 2 milhões de dólares, cerca de 8 milhões de reais. Quase falido, o ator precisou fazer acordos com muitos credores para não ser obrigado a declarar falência pessoal.
Outros nomes de Hollywood, como Nicolas Cage, Wesley Snipes, Lindsay Lohan, Kim Basinger e Brendan Fraser também perderam quase tudo por gastar demais ou fazer maus investimentos.
Ao morrer, em 2009, Michael Jackson deixou dívidas de 500 milhões de dólares. Em valores atualizados, 2 bilhões de reais. Para sorte dos herdeiros, o cantor passou a ser, postumamente, uma infindável fonte de dinheiro.