A missão de levantar o 'Big Brother Brasil' não é nada simples para a Globo. A edição deste ano teve a pior audiência de todas.
A média foi de 20 pontos. Para outros canais, seria um índice perfeito. Para a emissora carioca representa a decadência do reality show. Da 18ª para a 19ª edição, a queda de público foi de quase 25%.
O 'Big Brother' sempre foi dependente dos telespectadores jovens. Era fácil atraí-los nas primeiras temporadas. Mas o mundo mudou – e o interesse das pessoas também.
Agora existem as redes sociais, mais canais pagos, os serviços de streaming (Netflix, GloboPlay, Amazon Prime etc.), uma infinidade de games, os aplicativos de mensagens e também de ‘pegação’ e namoro... Ficou complicado manter essa galera diante da TV.
A Globo vai usar todos os seus recursos para chamar a atenção dos adolescentes e jovens. Quer que o 'BBB 20' marque uma nova fase do formato que rende até R$ 400 milhões de faturamento publicitário a cada temporada.
É justamente esse perfil de telespectador entre 15 e 30 anos – sempre conectado à internet – que mais ajuda a divulgar a atração na web e, consequentemente, contribui para levar mais gente a acompanhar o programa.
Na opinião de quem conhece televisão, o grande problema do 'Big Brother' nem é o formato em si, e sim os equívocos na escolha dos participantes.
A produção fez centenas de entrevistas, mas acaba selecionando um excesso de pessoas enfadonhas, que viram meros figurantes de luxo na casa.
As edições mais bem-sucedidas do reality show tinham gente com personalidade cativante ou polêmica, capaz de seduzir o público e fazê-lo torcer a favor ou contra. Ninguém ficava indiferente.
Nos últimos anos, poucos brothers e sisters se destacaram. Tanto é que a maioria sumiu da mídia. Não se tem notícia. Resta aguardar o começo do 'BBB20', no ar a partir de 21 de janeiro, para saber se valerá a pena ou não dar aquela espiadinha todos os dias.