No domingo (28), a Prova Bate e Volta vencida por Thaís e que definiu o paredão de gigantes — Sarah, Rodolffo e Juliette — foi um dos momentos mais tensos em 63 dias de BBB21. Teve aquele suspense capaz de prender a respiração e provocar taquicardia.
O reality show é realmente um novelão da vida real. Mais interessante de se assistir do que os folhetins atuais. Eficiente como distração, faz a gente esquecer por alguns minutos das manchetes negativas que se multiplicam dia após dia. Podemos chamar de escapismo ou alienação momentânea. A saúde mental agradece um pouco de futilidade.
Os conflitos na casa, com direito a chiliques de gente egocêntrica e comportamento dúbio de participantes que oscilam entre o heroísmo e a vilania, divertem, irritam, emocionam. Nos obrigam a reagir, tomar posição, torcer (contra ou a favor). Qual novela faz isso atualmente?
O Big Brother Brasil ainda é sucesso, mesmo sendo tão previsível, porque continua eficaz como espelho do que somos. O melhor e o pior dos mais diferentes perfis. Nos identificamos com esse ou aquele participante por representar o que temos orgulho de mostrar em público e também aquilo que tanto tentamos esconder de tudo (e de nós mesmos).
Nesse momento caótico aqui fora, com medo e incerteza, expectativa e frustração, esperança e indignação, o BBB21 nos leva a uma realidade paralela onde podemos sorrir e vibrar sem culpa. Alívio efêmero a quem está confinado em casa por conta desse surreal Big Brother chamado pandemia. Pena que o reality da TV vai acabar antes de o coronavírus ser eliminado da vida real.
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