Enquanto a maioria dos artistas e jornalistas de TV dedica muito tempo à interação com seguidores nas redes sociais, Pedro Bial se distancia do mundo virtual para se autopreservar.
Em conversa com a jornalista Ana Carolina Soares, da revista VejaSP, o apresentador disse que flagrou-se passando muito tempo no Instagram – a menos tóxica de todas as redes sociais.
Hoje, fica no máximo uma hora por dia a conferir fotos e vídeos. Seu perfil tem quase 550 mil seguidores. Ele acompanha as postagens de pouco mais de 1.400 pessoas.
O veterano do jornalismo não compartilha momentos da intimidade. O que se vê em sua página são trechos de entrevistas do Conversa com Bial, dicas de livros e eventos culturais e até alertas sobre fake news usando o nome dele.
Na visão de Bial, as redes sociais impõem aos brasileiros uma “distopia pautada por extremismos”.
O termo distopia foi popularizado pelo filósofo e economista britânico John Stuart Mill há 150 anos. Refere-se, em geral, a uma sociedade tomada pela inversão de valores, com forte opressão do povo praticada por lideranças com intenções nefastas.
Para numerosos pensadores contemporâneos, as redes sociais são uma realidade paralela que possibilita a disseminação de ódio e preconceitos variados, os quais a maioria das pessoas não tem coragem de declarar e praticar no ‘mundo real’.
Essa pauta, já discutida anteriormente no Conversa com Bial, voltará a ganhar destaque no talk show. A terceira temporada do programa estreia dia 9 de abril.