Divulgadora do serviço de checagem ‘Fato ou Fake’, do Grupo Globo, criado para desmentir mentiras, a TV Globo virou notícia ao ser alvo de fake news. No sábado (13), a internet se alvoroçou com a informação publicada pelo ‘Correio da Manhã’ de que o canal seria vendido.
De acordo com o impresso carioca, o banco BTG Pactual seria o intermediador da negociação com o grupo J&F, dos irmãos Wesley Batista e Joesley Batista (este, marido da apresentadora Ticiana Villas Boas). O valor de compra da emissora seria de R$ 25 bilhões — no preço estariam incluídos veículos digitais ligados à TV.
Poucas horas depois, os envolvidos negaram a operação. “São absolutamente falsas as ilações publicadas hoje pelo jornal Correio da Manhã. Não há nem nunca houve qualquer intenção de venda do Grupo Globo por parte de seus acionistas”, diz nota da empresa de comunicação da família Marinho. O Pactual e a J&F também desmentiram a matéria.
De acordo com o ranking Brandz Brasil, divulgado em setembro de 2020, a marca Globo vale, sozinha, US$ 3.295 bilhões, o equivalente a R$ 18,3 bilhões. Está entre as seis mais valorizadas do País e tem cotação 10 vezes maior que a do SBT. Apesar do número impressionante, a Globo já valeu mais: em 2018, sua avaliação foi de US$ 4.318 bilhões, ou seja, R$ 24 bilhões em conversão de hoje.
O faturamento anual da TV líder em audiência no País girou em torno de R$ 10 bilhões em anos recentes. Desde 2019, o canal passa por um processo de reestruturação financeira a fim de cortar custos e aumentar a margem de lucro. Por isso, tantos contratos com artistas e jornalistas não foram renovados, e outros tiveram os valores reduzidos.