Na semana de comemoração dos 50 anos do Jornal Nacional, Jair Bolsonaro preferiu criticar o telejornal mais antigo e assistido da TV brasileira ao invés de parabenizá-lo.
Na quarta-feira (4), ao conversar com a imprensa na portaria do Palácio da Alvorada, o presidente disparou: “Agora o JN não tem mais teta, não estão mamando mais, não tem mais propaganda oficial do governo”.
Cortar verba publicitária estatal destinada aos veículos do Grupo Globo foi uma promessa – em tom de revanche – feita na campanha presidencial.
Bolsonaro se diz vítima do jornalismo do canal da família Marinho. “O esporte agora é me atacar. Não vão conseguir, o couro aqui é grosso.”
Em agosto do ano passado, durante entrevista ao vivo na bancada do Jornal Nacional, o então candidato Bolsonaro confrontou os âncoras William Bonner e Renata Vasconcellos.
“Vocês vivem em grande parte, aqui, com recursos da União. São bilhões que o Sistema Globo recebe de recursos da propaganda oficial do governo.”
Na edição do dia seguinte, Bonner leu um comunicado para rebater a afirmação de Bolsonaro.
“É uma informação absolutamente falsa. A propaganda oficial do governo federal e de suas empresas estatais corresponde a menos de 4% das receitas publicitárias e nem remotamente chega à casa do bilhão.”
Em 2018, a Globo faturou 10 bilhões de reais com venda de espaço nos intervalos. O lucro líquido foi de 1,2 bilhão.
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