Na tarde de quarta-feira (25), Jair Bolsonaro circulou pelas instalações da CNN Brasil, na avenida mais famosa da capital paulista. O presidente foi recebido e ciceroneado pelo CEO e sócio-fundador do canal, Douglas Tavolaro.
Outros executivos da emissora lançada em março deste ano também acompanharam a comitiva presencial, com a presença do ministro das Comunicações Fábio Faria, marido da apresentadora Patrícia Abravanel e genro de Silvio Santos.
Sem máscara, Bolsonaro conheceu os estúdios, a redação e alguns ambientes técnicos da TV, como o switcher, a sala de controle de onde se coloca os programas no ar. Ele elogiou a “aparelhagem moderna” da filial brasileira da rede fundada nos Estados Unidos em 1980.
O presidente gravou uma entrevista e participou de um café com membros do Conselho Editorial. “O semblante das pessoas transmitiu alegria e satisfação. Eu me senti muito bem aqui”, declarou, sorridente.
Na saída, cercado por cerca de 20 seguranças, Bolsonaro foi a pé até a calçada oposta da Avenida Paulista, onde tinha um compromisso no prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Antes da estreia, cercada de expectativa, houve contestação nas redes sociais a respeito da linha editorial da CNN Brasil. Muitos imaginaram uma ‘Fox News’ brasileira, pró-direita e ativista do bolsonarismo, a exemplo do trumpismo do canal conservador americano.
O tempo mostrou que a emissora é razoavelmente neutra. Seu jornalismo oferece espaço equilibrado para posturas ideológicas opostas. As críticas ao governo de Jair Bolsonaro são apresentadas com coerência, sem ativismo visível.
Pesquisa da Kantar Ibope Media revelou que 52% dos entrevistados consideram a CNN imparcial. Para 17%, parece ser contra o governo. Na visão de 13%, pró-governo. Índices satisfatórios a um veículo de comunicação que se pretende isento e confiável.
