Na guerra por audiência e faturamento, muitos sites e blogs apelam para o sensacionalismo explícito.
Embalam uma informação – ou até uma não-notícia – com manchete curiosa.
Milhões de pessoas acabam fisgadas: clicam por impulso e aí constatam a propaganda enganosa.
Esse recurso nada jornalístico é bastante utilizado por alguns portais especializados em repercutir a intimidade de famosos e subcelebridades, assim como os programas policialescos o aplicam ao banalizar a violência a fim de atrair telespectadores.
William Bonner debochou dessa tática reprovável ao postar fotos de infância no Instagram.
Ele criou legendas nesse estilo exagerado. Um exemplo: ‘William Bonner é flagrado de sunga em momento íntimo na praia e um detalhe choca’.
Seus mais de 2 milhões de seguidores entenderam a crítica debochada e se derreteram com os ‘flagras’ do menino William Bonemer Júnior (nome de batismo do jornalista).
Ao compartilhar memórias de sua infância, Bonner demonstra aquele saudosismo típico de quem sofreu perdas irreparáveis ao longo da vida.
Visitar o passado é uma maneira de amenizar a saudade.