Lançado no canal a cabo Alpha Channel, YouTube e algumas redes sociais em outubro, o ‘Jornal do Boris’ estreia nesta segunda-feira (30) na TV Gazeta de São Paulo. A exibição será de segunda a sexta, das 8h45 às 9h15. O programa conta com o apoio da varejista de farmácias Ultrafarma, do empresário e garoto-propaganda Sidney Oliveira.
A nova etapa na carreira do âncora começa exatamente dois meses após ele deixar a RedeTV. Boris adaptou sua rotina para trabalhar na programação da manhã. “Acordo pontualmente às 6 horas. Tomo café já preparando o jornal. Antes acordava lá pelas 8h30”, relata.
“Já estou acostumando a acordar mais cedo. Normalmente vou dormir por volta das 23 horas e tenho acordado muito bem disposto. Talvez o novo desafio me provoque esse bem-estar", diz o apresentador que completará 80 anos em fevereiro.
Questionado se sua marca registrada — o jornalismo com análise, doa a quem doer — é um antídoto contra a falta de profundidade dos telejornais, Boris diz que “ajuda, mas ainda é insuficiente”. “Em termos de conteúdo, a imprensa escrita continua imbatível. As emissoras exclusivamente noticiosas têm, é claro, um conteúdo mais profundo e que atende melhor ao telespectador mais exigente.”
O veterano que fez história em bancadas no SBT, Record e Band indica os principais entraves ao telejornalismo em canais abertos. “As TVs estão presas às limitações impostas pela crise econômica, horários curtos e busca desesperada por audiência.”
Isolado em casa desde março por conta da pandemia de covid-19, Boris Casoy admite sentir falta do “calor humano e profissional” das redações. “Trabalhar em casa é um convite ao ócio, e às vezes a gente acaba sucumbindo”, diz.
“Mas tem suas vantagens. Especialmente porque você pode se defender melhor das encheções de saco da direção e dos maníacos do jornalismo da desgraça. Estou ansioso à espera da vacina libertadora.”