Brasileiro ainda é fiel às novelas e aos telejornais

Teledramaturgia e transmissão de notícias garantem relevância das emissoras abertas frente ao avanço dos canais pagos e streaming

2 ago 2019 - 11h06
(atualizado às 11h09)

Com população de 210 milhões de habitantes, o Brasil possui cerca de 150 milhões de usuários de internet. O número de conectados cresce a cada ano. Apesar disso, a televisão mantém poderosa influência na maioria das residências do País.

Paloma (Grazi Massafera) e Marcos (Rômulo Estrela) da recém-estreada Bom Sucesso: público ainda gosta de acompanhar a clássica teledramaturgia diária
Paloma (Grazi Massafera) e Marcos (Rômulo Estrela) da recém-estreada Bom Sucesso: público ainda gosta de acompanhar a clássica teledramaturgia diária
Foto: João Cotta/TV Globo / Divulgação

A teoria de que a web vai ‘matar’ a TV está longe de se tornar realidade. As novelas e os telejornais ainda atraem numeroso público e repercutem em todas as classes sociais.

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Sucesso do momento, A Dona do Pedaço apresenta números impressionantes. No Painel Nacional de Televisão (PTN) da Kantar Ibope, que considera a audiência em 15 regiões metropolitanas do País, o folhetim marcou média de 32 pontos nos capítulos exibidos entre 22 e 27 de julho.

Esse índice representa 8 milhões de domicílios e cerca de 22 milhões de pessoas assistindo à novela de Walcyr Carrasco.

Na Grande São Paulo, principal área de aferição do Brasil (usada pelo mercado publicitário para definir a aplicação das principais verbas dos anunciantes), a trama estrelada por Juliana Paes chega a mobilizar, em um único capítulo, 7,5 milhões de telespectadores em 2,7 milhões de residências.

No SBT, as atrações mais vistas também são novelas. No momento, a reprise de Cúmplices de um Resgate e a inédita As Aventuras de Poliana.

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Na RecordTV, as obras de teledramaturgia se destacam no Ibope, assim como os telejornais. Os noticiários também aparecem como maior ímã de público na Band.

Principal jornalístico da Globo, o JN às vezes empata em números com a novela das 21h. Está numa fase excelente de público, com médias acima de 30 pontos.

Os canais pagos, os serviços de streaming e a internet oferecem um cardápio quase ilimitado de atrações, mas ainda estão longe de esgotar o interesse da maioria da população nas novelas e nos telejornais.

A força do hábito, a gratuidade da programação de sinal aberto e a sensação de inclusão por assistir ao que a maioria vê estão entre os elementos que explicam a força dos velhos folhetins e do telejornalismo tradicional.

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