Com população de 210 milhões de habitantes, o Brasil possui cerca de 150 milhões de usuários de internet. O número de conectados cresce a cada ano. Apesar disso, a televisão mantém poderosa influência na maioria das residências do País.
A teoria de que a web vai ‘matar’ a TV está longe de se tornar realidade. As novelas e os telejornais ainda atraem numeroso público e repercutem em todas as classes sociais.
Sucesso do momento, A Dona do Pedaço apresenta números impressionantes. No Painel Nacional de Televisão (PTN) da Kantar Ibope, que considera a audiência em 15 regiões metropolitanas do País, o folhetim marcou média de 32 pontos nos capítulos exibidos entre 22 e 27 de julho.
Esse índice representa 8 milhões de domicílios e cerca de 22 milhões de pessoas assistindo à novela de Walcyr Carrasco.
Na Grande São Paulo, principal área de aferição do Brasil (usada pelo mercado publicitário para definir a aplicação das principais verbas dos anunciantes), a trama estrelada por Juliana Paes chega a mobilizar, em um único capítulo, 7,5 milhões de telespectadores em 2,7 milhões de residências.
No SBT, as atrações mais vistas também são novelas. No momento, a reprise de Cúmplices de um Resgate e a inédita As Aventuras de Poliana.
Na RecordTV, as obras de teledramaturgia se destacam no Ibope, assim como os telejornais. Os noticiários também aparecem como maior ímã de público na Band.
Principal jornalístico da Globo, o JN às vezes empata em números com a novela das 21h. Está numa fase excelente de público, com médias acima de 30 pontos.
Os canais pagos, os serviços de streaming e a internet oferecem um cardápio quase ilimitado de atrações, mas ainda estão longe de esgotar o interesse da maioria da população nas novelas e nos telejornais.
A força do hábito, a gratuidade da programação de sinal aberto e a sensação de inclusão por assistir ao que a maioria vê estão entre os elementos que explicam a força dos velhos folhetins e do telejornalismo tradicional.