Na noite de sexta-feira (29), o CNN Center, quartel-general da emissora de notícias em Atlanta, no estado americano da Geórgia, foi cercado e atacado por participantes do protesto pela morte do segurança negro George Floyd, asfixiado pelo policial branco Derek Chauvin. As imagens da cena chocaram o mundo.
O repórter Nick Valencia mostrou ao vivo a destruição de parte da fachada de vidro da CNN. Homens atiravam pedras contra os policiais que faziam um cordão de isolamento no lobby a fim de impedir o acesso ao interior do edifício, onde dezenas de profissionais estavam acuados.
Em um momento, um jovem usou seu skate para estilhaçar uma porta. Foi possível ver na camiseta dele a mira a laser de várias armas dos policiais, prontos para atirar. O homem acabou se ferindo sozinho em uma das mãos.
Do estúdio em Nova York, o âncora Chris Cuomo parecia não acreditar no risco iminente a seus colegas jornalistas em Atlanta. Pouco depois, outro apresentador, Don Lemon, que é negro, disse nunca ter visto violência semelhante nos anos em que viveu ali.
Em pronunciamento na TV, a prefeita de Atlanta, a afroamericana Keisha Lance Bottoms, condenou o ataque ao prédio da CNN. Ela lembrou que o fundador da emissora, Ted Turner, gerou benefícios à cidade ao elegê-la como sede do canal.
Mais cedo, um repórter negro da CNN, Omar Jimenez, havia sido algemado por policiais enquanto fazia a cobertura ao vivo das manifestações em Minneapolis. Diante da repercussão na mídia, o governador de Minnesota, Tim Walz, ordenou a soltura do jornalista e pediu desculpas à emissora.