O mercado de revistas sobre celebridades está em crise há alguns anos. Queda vertiginosa nas vendas, assinaturas e no faturamento. Publicações que antes vendiam 400 mil exemplares por semana hoje têm tiragem abaixo de 100 mil.
O título mais antigo e tradicional, a Contigo!, passou a existir apenas na versão digital. A publicação mais prestigiada, a Caras, reduziu o número de páginas e a frequência de eventos em castelos e ilhas.
As redes sociais – especialmente o Instagram – tiraram boa parte do interesse nas revistas. Os próprios artistas abrem a intimidade ao público nos posts. Não raro, uma superexposição constrangedora. Sobra pouco a revelar aos leitores.
Há outro problema: o jornalismo cor de rosa praticado pela maioria desses produtos editoriais. Não buscam furos de reportagem ou notícias relevantes. Mostram apenas o lado glamouroso (e, muitas vezes, artificial) da vida dos artistas.
A morte de Gugu Liberato deu novo fôlego às publicações. Várias delas colocaram o apresentador na capa. A Contigo! ressurgiu nas bancas com uma edição especial.
Mas o interesse suscitado por esse episódio triste tem duração curta. Na semana que vem, as revistas sobre celebridades voltarão a encarar o árduo desafio de fazer as pessoas tirarem os olhos do celular para observar o que há nas bancas. Um hábito cada vez mais incomum.