Com R$ 110 bi, novo brasileiro mais rico é um boa-praça

Jorge Paulo Lemann destoa do perfil de bilionário introspectivo, ressabiado e avesso às câmeras

23 dez 2020 - 14h47

Filho de suíços, Jorge Paulo Lemann se define como um “carioca de praia”. Aos 17 anos, lamentou deixar a rotina hedonista — com direito a manhãs e tardes sob o sol no Arpoador — para cursar Economia na Universidade Harvard, no gélido estado americano de Massachusetts.

O simpático Lemann não vive encastelado e ensimesmado como a maioria dos bilionários midiáticos
O simpático Lemann não vive encastelado e ensimesmado como a maioria dos bilionários midiáticos
Foto: Reprodução / YouTube

“Me formei, sem brilho, aos 20 anos”, confessou em uma palestra de 2016. Ele não se preocupou em pegar o diploma. “Acredito em uma boa educação formal, mas não a deixe matar o aprendizado da rua ou da praia, a disposição de errar, de decidir, de inovar e de tentar de novo se houver uma derrota no caminho.”

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Nos últimos anos, Lemann e Joseph Safra alternavam a liderança do ranking dos mais ricos do Brasil. Com a morte do banqueiro de origem libanesa, em 10 de dezembro, o empresário praieiro assumiu o posto. Possui fortuna de aproximadamente R$ 110 bilhões. Seus principais negócios estão nos mercados de cervejaria e alimentos.

Ainda que discreto, ele não se esconde das câmeras e dos olhos do público, como fazem a maior parte dos muito ricos. Demonstra gostar de dar entrevistas a fim de contar sua experiência de altos e baixos no mundo corporativo e a peculiar visão de mundo.

O empresário em uma palestra: prazer em contar o que deu certo e errado em sua caminhada rumo ao sucesso
Foto: Reprodução

Enquanto seus pares bilionários têm ‘alergia’ a jornalistas, Lemann conversa descontraidamente com revistas, jornais, TVs, blogueiros e até influenciadores do YouTube. Gosta de palestrar e responder a perguntas de plateias. Desconstrói o estereótipo de extrema frieza e autoisolamento inerente aos magnatas do capitalismo.

Fala bastante, não se leva muito a sério, admite falhas e fracassos. Jorge Paulo Lemann humaniza a figura do grande empreendedor de sucesso, do ‘fazedor’ de dinheiro. É gente como a gente, de alguma maneira. Ele afirma que o título de homem mais rico do País é uma “chateação”. “Não mudou minha alegria.”

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E como vive esse personagem sui generis do mundo dos negócios? Divide-se entre Rio de Janeiro, São Paulo e uma casa em um vilarejo nos arredores de Zurique, na Suíça. A boa forma aos 81 anos é resultado de muito esporte, principalmente tênis, ciclismo e pesca submarina. Tem hábitos simples, como ir caminhando até a padaria mais próxima, e não frequenta badalação social.

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