As redes sociais têm cada vez mais importância nas campanhas políticas. Mas é na propaganda eleitoral exibida na TV e nos debates promovidos pelas emissoras que os candidatos apostam a maior parte de suas fichas.
Presente em quase 100% dos lares brasileiros, a televisão continua a ter um poder imensurável, capaz de atrair votos (e também de espantá-los) e influenciar diretamente o resultado das urnas. Coligações, candidatos e marqueteiros veem a TV como principal cabo eleitoral.
Os programas dos presidenciáveis serão exibidos somente a partir do dia 31, mas na noite desta quinta-feira (9) será dada a largada para a disputa televisiva com o debate na Band. A mediação será de Ricardo Boechat, âncora do Jornal da Band.
De acordo com a lei de representatividade, dos 13 candidatos à Presidência, 9 têm direito a participar de debates na TV. Oito deles confirmaram presença no primeiro grande teste diante das câmeras: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).
Preso desde abril em Curitiba, o ex-presidente Lula (PT) não teve a presença autorizada até o momento. Os petistas ainda tentam uma liberação judicial para que ele participe de alguma maneira, nem que seja por videoconferência.
Além do debate de hoje, estão previstos mais oito encontros com os presidenciáveis: na RedeTV! (dia 17), na rádio Jovem Pan (dia 27), na TV Gazeta de SP (9 de setembro), na revista Piauí (18/9), na TV Aparecida com transmissão também pela TV Cultura de SP (20/9), no SBT (26/9), na Record (30/9) e na Globo em 4 de outubro, três dias antes do primeiro turno.
Para enfrentar essa maratona de debates, os candidatos são preparados pelos marqueteiros. A maioria é submetida a simulações de entrevistas para prever as perguntas mais incômodas, além de passar por testes de câmera a fim de definir o figurino adequado. Afinal, a roupa também transmite uma mensagem ao telespectador-eleitor.
Os institutos de pesquisas contratados por TVs, partidos e entidades sempre realizam levantamentos após os principais debates para detectar o impacto da performance dos candidatos na opinião do eleitor. Esses dados servem de base para eventuais mudanças de comportamento e discurso ao longo da campanha.
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