Aconteceu de novo. Um problema que se torna recorrente no Big Brother Brasil: a falta de iniciativa dos participantes resulta em um programa morno, sem ação, desinteressante a quem busca entretenimento dinâmico.
No BBB19 prevalecem as fofocas de sempre, o leva e traz. Não há um romance novelesco, uma rivalidade eletrizante, um jogador audacioso.
O que se vê são pessoas em férias, relaxadas, pouco dispostas a arriscar.
Sem conteúdo relevante, o que mais repercute são as frases infelizes de Paula, que se torna uma espécie de vilã moral da edição.
A bacharel em direito já soltou opiniões interpretadas como racistas, elitistas e de intolerância contra os cultos afro-brasileiros.
É especialista em colocações equivocadas que refletem a falta de cultura, filtro e autopreservação.
Paula não precisa de inimigos: ela mesma se indispõe com os colegas de confinamento e parte do público.
Mas conta com um aliado poderoso: a edição que não mostra a maioria dos absurdos ditos por ela e vistos somente por quem tem o pay-per-view. Surge uma nova Emily?
A competidora mais enérgica, Hana, foi eliminada no último paredão. Ela mexia com os nervos da casa.
Sua saída aumentou a letargia dos 13 ainda na disputa pelo defasado prêmio de 1,5 milhão de reais.
Se por um lado o telespectador vê menos futilidade no BBB19, a calmaria dos brothers e sisters pseudointelectuais não contribui para esquentar o jogo e divertir quem acompanha a atração.
As chamadas ‘plantas’ parecem conformadas em fazer figuração ao invés de guerrear pelo protagonismo.
Limitado pelas regras, o apresentador Tiago Leifert faz o que pode para estimular os participantes. A direção não age para provocá-los.
Por enquanto, o que se vê é um show maçante. E ainda faltam dois longos meses para a final.