Apenas três dias depois da estreia da CNN Brasil, William Waack foi obrigado a trocar o moderno estúdio da Avenida Paulista pelo escritório de sua residência. A direção do novo canal de notícias decidiu mantê-lo em quarentena — longe da movimentada redação — por ele fazer parte do grupo de pessoas com maior risco de complicações caso sejam infectadas pela covid-19 (acima de 60 anos e/ou com doença crônica). O âncora está com 67 anos.
Waack abriu a edição de quinta-feira (19) do Jornal da CNN com um depoimento pessoal. O jornalista lembrou ter trabalhado muitos anos sozinho em home office quando foi correspondente internacional. Aproveitou a situação atual para apoiar os milhões de brasileiros confinados em casa por conta do fechamento de empresas, indústrias e do comércio como prevenção à epidemia do novo coronavírus. "Não fique de pijama. Vista-se como se fosse sair para trabalhar", aconselhou o veterano. "Não esmoreça. Isso passa."
A bancada no estúdio foi ocupada pelo âncora de Brasília Daniel Adjuto. No encerramento do telejornal, William Waack fez uma análise realista do momento vivido pelo planeta: "Essa crise é sem precedentes. As transformações que ela vai causar na vida de cada um de nós são em boa parte imprevisíveis, inclusive nos seus aspectos mais negativos". Em seguida, ressaltou a importância das atitudes individuais para a solução do problema. "Isso (o fim da epidemia) só depende do nosso próprio comportamento."