‘Dona’ acerta ao mostrar que coroas merecem ter amor e sexo

Personagens de 50, 60 e 70 anos vivem tramas afetivas muito mais interessantes do que a da protagonista quarentona

8 out 2019 - 12h28
(atualizado às 12h28)

Poucas vezes se viu na TV um triângulo amoroso tão insípido como o formado por Maria da Paz (Juliana Paes), Amadeu (Marcos Palmeira) e Régis (Reynaldo Gianecchini) em A Dona do Pedaço. Não há romantismo nem o fogo incontrolável da paixão. Falta recheio e calda nesse bolo.

Em compensação, personagens coadjuvantes roubam a cena em tramas sobre a redescoberta da sexualidade e da capacidade de amar e se sentir amado.

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Lyris (Deborah Evelyn) com o ‘peguete’ Rael (Rafael Queiroz): aventuras sexuais após casamento morno
Lyris (Deborah Evelyn) com o ‘peguete’ Rael (Rafael Queiroz): aventuras sexuais após casamento morno
Foto: Victor Pollak / TV Globo/Divulgação

Lyris (Deborah Evelyn) começou o folhetim como uma dondoca submissa ao marido que a desprezava na cama. Mas logo deu a volta por cima.

Reencontrou o prazer nos braços musculosos do entregador Tonho (Betto Marque) e do pistoleiro Rael (Rafael Queiroz). Descobrir que Agno era gay e encerrar o infeliz casamento de fachada resultou na libertação da personagem.

Foi também depois de se livrar de um marido imprestável que Beatriz (Natália do Valle) passou a enxergar a vida com mais cores. Permitiu-se iniciar uma história de amor com Zé Hélio (Bruno Bevan).

Para isso, ela superou o próprio preconceito em relação à diferença de idade. Em breve o casal terá a tão aguardada – por eles e pelo público – primeira noite entre os lençóis.

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Se antes era um solteirão solitário, agora o advogado Antero (Ary Fontoura) é disputado por duas senhoras ávidas por amor: Evelina (Nívea Maria) e Marlene (Suely Franco).

Apaixonadas pelo mesmo homem, as amigas setentonas representam a máxima de que nunca é tarde para tentar ser feliz ao lado de alguém especial.

Evelina (Nívea Maria) e Marlene (Suely Franco): desejo por amor e prazer na terceira idade
Foto: Raquel Cunha/TV Globo/Divulgação e João Miguel Jr./TV Globo/Divulgação

Interessante ver Deborah Evelyn, 53 anos, Natália do Valle, 66, Nívea Maria, 72, e Suely Franco, 79, vivendo mulheres maduras tomadas por desejo e afeição.

Na juventude, cada uma delas já interpretou a clássica mocinha de novela. Hoje, experientes e com as marcas do tempo, mostram na teledramaturgia – um eco da vida real – que a libido e o coração não têm idade.

Suas personagens direcionadas por impulsos e sentimentos podem incentivar muitas telespectadoras a também refazer a vida amorosa na maturidade.

Para as atrizes é um momento especial na carreira. Afinal, na maioria dos folhetins, as coroas são apresentadas como mamães e vovozinhas com relacionamentos monótonos e inexiste vida sexual.

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