Exatamente um ano após William Bonner anunciar ao Brasil, no ‘Jornal Nacional’, a morte de Gugu Liberato, o ‘Fantástico’ exibiu uma entrevista com Rose Miriam Di Matteo, mãe dos três filhos do apresentador.
Ela se apresenta como companheira e, na sua avaliação, viúva e herdeira, ainda que os dois nunca tenham se casado e seu nome não apareça no testamento. A médica mantém a disputa judicial com os Liberato para ter acesso a uma parte da fortuna deixada pelo comunicador.
Na conversa com a repórter Ana Carolina Raimundi, Rose foi questionada a respeito da declaração da mãe de Gugu, dona Maria do Céu, feita ao mesmo programa em fevereiro deste ano, de que os dois jamais foram um casal, e sim apenas amigos que decidiram ter filhos juntos.
“No fundo, ela sabe que nós éramos um casal. Quantas vezes nós almoçamos na casa dela, na sala de jantar da casa dela, e eu estava inclusa ali, como nora”, afirmou. “Mas, sabe, quando existe um processo judicial, as coisas ficam mais complicadas. Quando envolve dinheiro tudo fica mais difícil.”
Ana Carolina Raimundi tocou no assunto mais polêmico: o suposto relacionamento de oito anos entre Gugu e o chef de cozinha Thiago Salvático. O catarinense radicado na Alemanha chegou a acionar a Justiça a fim de requerer o reconhecimento de união estável e uma parte da herança. Desistiu meses depois. Ele continua em evidência na mídia por compartilhar frequentemente fotos e lembranças ao lado do apresentador.
“Você conhecia o Thiago? Quem era o Thiago na vida do Gugu?”, perguntou a jornalista. “Eu nunca soube do Thiago”, respondeu Rose, tranquila. “Devia ser um amigo dele. Agora, a vida íntima do Gugu, não cabe a mim saber qual era uma preferência dele; se dentro dele, ele tinha uma preferência sexual diferente.”
“Isso nunca foi um assunto entre você e o Gugu?”, questionou Ana Carolina. “Não, nunca, nunca. Nós éramos companheiros, eu me considerava mulher do Gugu. Nós tínhamos uma vida íntima que só eu e ele sabemos em quatro paredes”, disse Rose. “Se o Gugu tinha algum relacionamento fora, essa era a vida dele. Não cabe a nós questionarmos a vida íntima das pessoas.”
A repórter da Globo quis saber se Rose “se sentiu traída” quando viu as fotos de Gugu com Thiago em algumas viagens, divulgadas pelo chef de cozinha. “Não, não. Não me senti traída. O que importa era o que ele era para mim e para os meus filhos. Ele era o meu companheiro.
Acenar com a hipótese de Gugu ter sexualidade fluida é uma nova postura de Rose Miriam. Em fevereiro, ela foi duramente criticada na imprensa e nas redes sociais após seu advogado anunciar a intenção de processar qualquer pessoa que chamasse Gugu de gay e manchasse “sua honra”. A médica acabou sendo vista como homofóbica. Sua defesa precisou divulgar nota negando preconceito contra homossexuais.
Agora, ao se mostrar liberal e defender o direito de Gugu ter tido uma “preferência sexual diferente” da imagem pública de heterossexual, Rose Miriam parece mais conectada com a realidade dos fatos expostos e interessada em ser vista pela opinião pública como uma mulher compreensiva. Um ano depois da morte de Gugu, a intimidade dele continua a ser alvo de curiosidade e polêmica. E tudo indica que essa novela da vida real não terá fim tão cedo.
