Todo mundo já ouviu falar do ‘Boa Noite, Cinderela’. O engenheiro químico e ex-participante da segunda edição do ‘Bake Off Brasil - Mãos na Massa’, do SBT, se tornou mais uma vítima do golpe. Ele contou a múltipla violência sofrida em post-desabafo no Facebook.
Tudo começou com um encontro marcado por um aplicativo de relacionamento após troca de mensagens e fotos. Murilo recebeu o homem em seu apartamento, no conhecido edifício Copan, centro de São Paulo. O que seria apenas mais um episódio de sexo casual se transformou em uma sessão de tortura física e emocional, com prejuízo financeiro.
“Fui dopado, violado e roubado na minha casa”, relata a vítima. “Ele chegou, me cumprimentou e o ato começou a rolar. Rapidinho ele parou, se vestiu e anunciou que era GP (Garoto de Programa), que precisava receber o pagamento e que eu deveria dar o dinheiro.” Nesse momento, Murilo se sentia estranho. “Cada vez mais agressivo e gritando comigo ele me forçou a passar a senha na máquina de todos os meus cartões, eu tentei recusar e nessa hora ele desferiu um soco na minha cara.”
Após informar os dados de vários cartões bancários, ele sofreu outro ataque físico. “Fui jogado na cama de bruços, nesse momento o estupro aconteceu: Eu só lembro dele me estuprando com a mão enquanto eu me debatia. Não sei quanto tempo durou, não sei o quanto eu resisti, mas fui estuprado. Eu acho que ele me estuprou para me dopar mais, porque depois disso eu perdi quase toda minha consciência, entrei numa paranoia onde não sabia o que era realidade o que era pesadelo.”
Quando o agressor finalmente foi embora, Murilo pediu ajuda a um amigo, foi socorrido por vizinhos e seu namorado. Enfrentou a burocracia na delegacia, no IML (onde fez exames sexológico e toxicológico e busca de DNA) e no atendimento dos bancos, a fim de tentar reverter o prejuízo de mais de 70 mil reais de suas contas.
Mesmo ciente de que, ao tornar o episódio público, seria alvo de mais homofobia, o ex-confeiteiro do ‘Bake Off Brasil’ fez da narração do que viveu uma espécie de expurgo terapêutico. “Eu decidi contar essa história porque eu preciso ser capaz de compartilhar isso sem medo, sem vergonha, apesar de me sentir humilhado e culpado eu SEI que sou uma vítima, eu TENHO que superar”, escreveu em sua rede social.
Eu entrei para a estatística! Essa semana eu caí num golpe: fui dopado, violado e roubado na minha casa. *Alerta de...
Publicado por Murilo Marques em Sexta-feira, 23 de outubro de 2020