Na reta final das comemorações de seus 50 anos, o Jornal Nacional cresceu no Ibope. De 28 de outubro a 2 de novembro marcou o melhor índice semanal do ano.
A média foi de 32 pontos. Esse número representa 6,5 milhões de telespectadores somente na Grande São Paulo, a mais importante área de aferição de público de TV do País.
Nesse período, o JN ganhou valiosa publicidade espontânea na mídia por conta dos ataques de Jair Bolsonaro. Ele criticou o telejornal em transmissões na internet e também em entrevistas coletivas.
O presidente se mostrou indignado com matéria exibida a respeito da citação de seu nome na investigação da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a partir de depoimento de um porteiro do condomínio onde tem casa, no Rio.
Desde então, há um espécie de duelo na mídia entre Bolsonaro e o JN. Um ataca, o outro se defende, e vice-versa. O presidente chegou a pedir 15 minutos no telejornal para se defender. Por enquanto, não foi atendido.
Na segunda-feira (4), em entrevista repercutida por grandes veículos, ele engrossou a artilharia contra o âncora e editor-chefe William Bonner. Disse que o apresentador ganha 800 mil reais por mês e insinuou que ele sonegaria imposto de renda como pessoa física.
Na mesma ocasião, Bolsonaro deu a entender que, se não conseguir o espaço desejado na Globo para rebater a matéria do JN, poderá acionar a Justiça. Disse esperar “dignidade” e “jornalismo sério” do canal.
Nas redes sociais, apoiadores do presidente voltaram a defender boicote à programação da emissora da família Marinho.
Essa mobilização ainda não surtiu efeito. Tanto o Jornal Nacional como as novelas e séries estão com audiência em alta.