"Olho para as minhas cirurgias como as medalhas que Michael Phelps ganhou em Pequim", diz Angelo Rodrigues, referindo-se ao nadador americano que conquistou oito ouros nos Jogos Olímpicos de 2008.
As oito cirurgias em menos de dez meses — a mais recente em maio — são troféus para o artista português que esteve entre a vida e a morte devido a uma grave infecção.
No auge do risco, muitos tecidos foram retirados de sua perna esquerda por conta de necrose resultante de reação severa a uma aplicação de testosterona (hormônio masculino).
Foram 27 centímetros de enxertos a fim de evitar a amputação do membro. Depois, incontáveis sessões de fisioterapia para que ele recuperasse os movimentos. Uma batalha diária, ainda sem data para acabar.
Visto no Brasil nas séries As Canalhas, no canal GNT (2015), e (Des)Encontros, do Sony (2018), Ângelo recorre ao bom humor para enfrentar as dores, as limitações, as incertezas em relação ao futuro. Promete ainda desafiar um atleta para um sprint.
O ator teve duas experiências de isolamento. A primeira no hospital, onde passou dois meses. Depois, em casa, mais sessenta dias por conta da pandemia de covid-19. Agora, para aproveitar ao máximo a liberdade, ele está em viagem com um motorhome. Uma roadtrip sozinho, para se redescobrir.
"Porque o coração acelera a cada cantinho descoberto. Cada pôr do sol é costurado no tecido do tempo e não há maior alegria que ter um horizonte cambiante e a cada dia um novo sol. Da inércia à efervescência é só um passo, e este vagabundo ambulante de aspirações vadias moonwalka entre elas com distinção", escreveu no Instagram.