Os mais graves protestos raciais dos Estados Unidos nos últimos anos tiveram origem no flagra feito por um celular comum.
Postada numa rede social, a imagem do segurança George Floyd com o pescoço pressionado durante quase 9 minutos pelo joelho do policial Derek Chauvin viralizou em poucos segundos.
Mais do que isso: gerou onda de manifestações tensas em grandes cidades americanas e tirou o protagonismo da pandemia de coronavírus nos maiores canais de TV dos Estados Unidos.
A autora da gravação é a adolescente Darnella Frazier, negra assim como a vítima. A corriqueira ida a uma loja mudou a vida da estudante. "Eu o vi morrer", disse. "Eu estava ali, a um metro e meio de distância."
Assim que foi identificada e ganhou seus 15 minutos de fama na imprensa, a jovem se tornou alvo de ataques virtuais.
Disseram que ela aproveitou a tragédia para se autopromover na televisão e teria ganhado dinheiro ao vender o vídeo a uma emissora local. Alguns a criticaram por não ter agido na hora para salvar George Floyd.
"Tenho dezessete anos. É claro que não vou lutar contra um policial. Eu estava assustada", declarou Darnella, que faz tratamento contra a ansiedade. "Se soubessem como me sinto não iam querer estar no meu lugar."