Na noite de sábado (1º), a Globo usou um dos intervalos da novela das 21h Amor de Mãe para reafirmar seu apoio contra a discriminação por orientação e identidade sexuais.
Foi ao ar um vídeo lançado há 3 anos na campanha Tudo Começa pelo Respeito, parte das ações de responsabilidade social da emissora.
Com narração gravada pelo ator Carmo Dalla Vecchia, a mensagem direcionada aos preconceituosos diz no trecho final: "Homofobia, lesbofobia e transfobia têm cura. Procure tratamento urgente".
Essa exibição no horário de maior audiência - e o mais caro para anunciar - da televisão brasileira acontece na Semana da Visibilidade Trans: 29 de janeiro é o dia oficial dedicado aos homens e mulheres transexuais.
A teledramaturgia da Globo se tornou uma plataforma relevante na desconstrução do preconceito. Quase toda novela da emissora tem pelo menos um personagem representante da comunidade LGBTQIAP+ (Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Poli e outros).
A transexualidade, por exemplo, foi discutida em produções de sucesso como A Dona do Pedaço (a atriz trans Glamour Garcia interpretou a também trans Britney), O Sétimo Guardião (a veterana trans Nany People esteve na pele da trans Marcos Paulo), A Força do Querer (com o personagem Ivana/Ivan vivido pela atriz cis Carol Duarte) e Bom Sucesso (a atriz trans Gabrielle Joie no papel da jovem transexual Michelly).
O tabu permanece no telejornalismo. Não há nenhum repórter, âncora ou comentarista trans na cobertura diária das notícias de política e economia. Os poucos em atividade na TV estão ligados ao entretenimento. Será que a liberal Globo vai derrubar mais essa barreira?