Guga Chacra se emociona ao comentar tragédia em Beirute

Descendente de libaneses, jornalista da GloboNews morou na cidade atingida por grande explosão

5 ago 2020 - 09h42
(atualizado às 11h09)

No final do Em Pauta de terça-feira (4), Guga Chacra segurou as lágrimas ao se despedir da âncora Aline Midlej e dos outros comentaristas do programa da GloboNews. O jornalista paulistano de 44 anos, hoje morador de Nova York, foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo em Beirute, parcialmente destruída por intensa explosão em sua área portuária.

Guga Chacra demonstrou sua paixão pelo Líbano por meio da emoção
Guga Chacra demonstrou sua paixão pelo Líbano por meio da emoção
Foto: Reprodução

Por volta das 23h40, ao participar do Jornal das 10, ele enfim se entregou à emoção. Levou as mãos aos olhos para evitar um choro ao vivo. Foram poucos segundos, porém, intensos e comoventes. Ao longo de 6 minutos, o jornalista explicou a diversidade étnica e religiosa de Beirute e das cidades próximas. A empolgação em detalhar a riqueza cultural do Líbano o fez falar mais rápido do que o habitual e gesticular bastante. O âncora Heraldo Pereira agradeceu pelo show de conhecimento compartilhado com os telespectadores.

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Mestre em Relações Internacionais pela Columbia University, Guga Chacra é um dos jornalistas com mais conhecimento sobre o Oriente Médio e mundo árabe na televisão brasileira. Coincidentemente, ele postou na segunda-feira (3), em seu blog na plataforma de O Globo, um texto a respeito das crises econômica e política que afetam o Líbano nos últimos tempos.

Após a divulgação ao planeta das imagens da catástrofe, captadas por moradores assustados, o comentarista usou o Twitter para manifestar perplexidade por mais essa dificuldade a ser enfrentada pela nação chamada de 'a pérola do Oriente Médio'. "Triste. Quem me segue sabe o carinho que tenho pela capital libanesa", escreveu.

Jornalista foi elogiado pelos colegas de TV pela aula de história e cultura a respeito do Líbano
Foto: Reprodução

Em vídeo disponível em seu canal no YouTube, o correspondente — bisneto de imigrantes libaneses — diz ter ido a Beirute pela primeira vez no final da década de 1990, em viagem familiar. Contou que, a princípio, achou a capital do Líbano confusa, assim como é São Paulo na visão de quem a visita pela primeira vez.

Mas logo se encantou com a cidade banhada pelo Mediterrâneo: os bairros com forte influência de diferentes religiões, a comida típica (bastante apreciada em São Paulo), os vinhos da região. "Para completar, claro, o povo libanês. Vale muito conhecer o Líbano. Não tem nenhum País como esse. Como disse o The New York Times certa vez, há uma eterna mágica em relação ao Líbano."

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