As pesquisas de intenção de votos do Datafolha e do Data Poder animaram Luciano Huck. Nas projeções, ele teria chance de vencer Jair Bolsonaro caso chegasse ao segundo turno na eleição de 2022.
Mas não seria tão simples. No meio do caminho há Lula. Desde que recuperou o direito de ser elegível, o petista assumiu o papel de principal candidato do antibolsonarismo e enfraqueceu os demais oponentes do atual presidente.
Com a direita e a esquerda já representadas na corrida ao Planalto, o apresentador sonhava protagonizar a terceira via. Mas existe, neste momento, excesso de interessados neste posto. Ninguém quer abrir mão da pré-candidatura.
Comenta-se nos círculos de poder e na imprensa que Huck exigia a cabeça de chapa, ou seja, não aceitava ser vice de ninguém. Em um universo de políticos veteranos e guerra de egos inflados, um ‘outsider’ como ele não consegue aliados com facilidade.
Na quinta-feira (13), no ‘Papo de Política’ da GloboNews, a jornalista Natuza Nery disse – e Maju Countinho já havia cantado a bola duas semanas antes no mesmo programa – que o apresentador vai “desembarcar” do projeto de ser presidente da República, porém, não deixará de atuar politicamente.
A Globo ofereceu novo contrato a Huck, só falta assinar. A saída de Fausto Silva para a Band, a partir de janeiro, fará Luciano se tornar o principal apresentador de entretenimento da emissora, onde ele chegou em 1999 após fazer sucesso no canal da família Saad, para onde Faustão retornará.
Aumento de salário e cachês por merchandising o tornarão o artista mais bem pago do canal, e também o mais poderoso. Hoje, seu ‘Caldeirão’ tem liderança folgada nas tardes de sábado. Se confirmar a permanência na Globo, ele terá o desafio de manter a boa audiência e o alto faturamento da faixa a ser deixada pelo ‘Domingão’.
Luciano Huck completará 50 anos em setembro. Políticos dizem que ele ainda terá muitas chances de se lançar à Presidência.