Injustiçada, Glenn Close, 71, se torna favorita ao Oscar

Atriz indicada seis vezes à estatueta dourada chora ao ganhar o Globo de Ouro pela interpretação de esposa que se anula pelo marido

7 jan 2019 - 10h41

A Academia de Hollywood é famosa por esnobar grandes atores. Glenn Close encabeça a lista de maiores injustiçados da poderosa instituição que concede o Oscar.

Glenn Close como Joan Castleman em A Esposa: a discussão da submissão feminina numa sociedade ainda machista
Glenn Close como Joan Castleman em A Esposa: a discussão da submissão feminina numa sociedade ainda machista
Foto: Sony Picture / Divulgação

Em quase 45 anos de carreira, ela recebeu seis indicações. Nenhuma vitória. A atriz não foi reconhecida nem por atuações consideradas brilhantes por público e crítica, como a da amante tresloucada Alex de Atração Fatal (1987) e a da maquiavélica Marquesa de Merteuil de Ligações Perigosas (1988).

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Esse erro poderá ser corrigido na 91ª edição do Oscar, em 24 de fevereiro; as indicações serão conhecidas no próximo dia 22.

Glenn Close ganha força como favorita na categoria de Melhor Atriz por A Esposa, com direção de Björn Runge.

No domingo, dia 6, a veterana das telas recebeu o Globo de Ouro, concedido pela Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, por sua atuação de uma mulher inteligente que sacrifica a própria grandiosidade para não ofuscar o marido escritor (e ególatra).

Essa vitória como Melhor Atriz de Drama, derrotando a então favorita Lady Gaga (Nasce Uma Estrela), aumenta a chance de Glenn Close receber seu tão esperado e merecido Oscar.

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Os jurados das duas premiações são diferentes, mas os resultados nas categorias de atores frequentemente são os mesmos – nas últimas dez edições, sete atrizes vencedoras em Drama no Globo de Ouro também levaram o Oscar.

Glenn Close é uma artista que se destaca no cinema, no teatro e na TV. Sua versão de Norma Desmond no musical Sunset Boulevard, na Broadway, foi considerada a melhor de todas (há trechos no YouTube).

A atuação afiada na série Damages (2007-2012) não sai da memória de fãs do gênero e jornalistas que escrevem sobre TV.

Um Oscar agora, às vésperas de seus 72 anos, seria a coroação de uma carreira espetacular – e a necessária reparação por parte da Academia.

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