“O medo da morte é mais cruel do que a própria morte”, refletiu o escritor Públio Siro, na Roma Antiga. Outro pensador lendário, o psiquiatra e ‘pai da psicanálise’ Sigmund Freud, orientava a não temer a finitude da existência. “Se quer suportar a vida, esteja pronto para aceitar a morte”, disse.
Algumas celebridades geraram manchetes ao prenunciar morte precoce que se concretizou. MC Kevin disse mais de uma vez que morreria antes dos 25 anos. “Ele sempre brincava com isso”, revelou o assessor Jonathas Groscove. O funkeiro morreu duas semanas após completar 23 anos, ao cair da sacada de uma suíte de hotel.
“Somos seres espirituais. Temos um sexto sentido muito forte”, explica a sensitiva Márcia Fernandes, do programa ‘Vou Te Contar’, apresentado por Claudete Troiano na RedeTV. “Temos chips, arquivos na memória, com tudo o que combinamos, antes mesmo de nascer, do que faremos ao longo da vida.”
A espiritualista não se surpreende com o presságio do jovem cantor. “MC Kevin tinha uma mediunidade forte, era um médium ostensivo de premonição. Ele brincava com isso porque era alegre, destemido, e encarava a vida como uma grande brincadeira.”
Quem também falava da morte era Paulo Gustavo. O humorista morreu aos 42 anos por complicações da covid-19. Sua melhor amiga, a atriz Mônica Martelli, revelou no ‘Saia Justa’, do GNT, que ele manifestava pânico de ser contaminado pelo coronavírus. “Ele sempre dizia: ‘se eu pegar, vou morrer’. Tinha certeza.”
“Paulo Gustavo tinha todos os tipos de mediunidade. Sensibilidade à flor da pele, com todos os canais extrassensoriais abertos. Ele teve intuição do que aconteceria se ficasse doente. E aconteceu”, explica a espiritualista.
Anos atrás, um caso igualmente repercutido foi protagonizado por Amy Winehouse. A cantora inglesa comentava com os amigos a respeito da sensação de que morreria no auge da juventude. Foi encontrada sem vida aos 27 anos – idade considerada ‘maldita’ no meio musical já que muitos astros morreram nessa faixa, como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain.
“Amy era médium de cura, pena ela não ter trabalho sua espiritualidade. Era uma alma velha, muito nostálgica. Sabia que esse não era o mundo dela. Mais do que intuir que morreria cedo, ela queria partir logo para outro mundo”, afirma Márcia Fernandes.
Uma corrente da psicanálise explica a premonição — estudada por Freud e outros ícones da ciência da mente, como o psiquiatra suíço Carl Jung, criador da psicologia analítica — como um “fenômeno do sentir”. Pode ser uma conversa do consciente com o inconsciente associada a traumas, medos ou desejos.