Assim como ator famoso não garante mais o sucesso de uma novela, as webcelebridades não conseguem levar automaticamente seu público da internet para a TV.
Essa tentativa resultou em frustração na temporada atual de O Aprendiz, na Band.
“É muito decepcionante. Está dando 1,5 (pontos no Ibope). Eu esperava uma média de três. É inexplicável”, disse o apresentador e produtor da atração ao repórter Bruno B. Soraggi, da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
A edição anterior, O Aprendiz Celebridades, comandada por Justus na RecordTV, em 2014, e vencida pela ex-jogadora de vôlei Ana Moser, registrou média geral de 5 pontos.
O intervalo de 5 anos não foi suficiente para oxigenar o formato. O programa se mostra previsível e, às vezes, as broncas do apresentador flertam com a encenação.
Se é para investir em um gênero popular e exaustivamente testado, Roberto Justus deveria produzir um reality show da própria vida.
Exibir a rotina profissional, a prática de esportes, a convivência com a mulher (Ana Paula Siebert) e os amigos, as viagens luxuosas, os rituais de vaidade.
Personagem interessante, Justus mostraria o estilo de vida elitista que os telespectadores gostam tanto de ver – e poderia até salpicar lições de autoajuda e empreendedorismo.
Não faltariam marcas nacionais e estrangeiras interessadas em anunciar na atração. Arrisco afirmar que a audiência superaria a de O Aprendiz Influenciadores.