O sucesso estrondoso das primeiras três semanas da 21ª edição do Big Brother Brasil gerou efeito devastador em outros canais. Só se fala do reality show, ninguém parece dar atenção a outras atrações da TV.
As polêmicas de Karol Conká e companhia estão na boca do povo e dominam a timeline das redes sociais. Novelas, séries e demais produções estão em segundo plano, com visibilidade bem menor na mídia.
Uma das vítimas desse fenômeno é ‘Gênesis’. O folhetim bíblico da RecordTV bombou nos primeiros capítulos. Gerou incontáveis matérias, memes, posts. Bastou começar o ‘BBB21’ para a trama perder ressonância.
Coincidência ou não, teve queda gradual de audiência desde a estreia. A primeira média semanal (18 a 22 de janeiro) foi de 15.8 pontos. Os capítulos inéditos da semana passada (8 a 12 de fevereiro) marcaram 12.9 de média. Em TV, a falta de repercussão popular sempre afeta os índices.
‘Gênesis’ é uma novela bem-feita que não merece passar despercebida. Por enquanto, não se sustenta a expectativa inicial de que poderia repetir o fenômeno de ‘Os Dez Mandamentos’. Ainda assim, o resultado até aqui deve ser comemorado pela RecordTV.
Talvez falte à adaptação uma vilã midiática como Karol Conká ou um mocinho complexo e carismático a exemplo de Gilberto. Como novela da vida real, o ‘BBB21’ tem oferecido personagens mais interessantes do que os da ficção.
(“Gênesis” vai ao ar de segunda a sexta às 21 horas. Reapresentação dos melhores momentos aos sábados também às 21 horas. A novela é escrita por Camilo Pellegrini, Raphaela Castro e Stephanie Ribeiro, com direção-geral de Edgard Miranda.)