Mãe-monstro, Thelma poderá roubar o neto que gerou

Personagem de Adriana Esteves assume a alma de vilã ao agir movida por egoísmo e crueldade

2 mar 2020 - 10h09

Ela mente, dissimula, manipula, chantageia, ameaça e agora vai matar. 'Carminha, é você?' Não, não se trata da ovacionada personagem de Avenida Brasil em cartaz no Vale a Pena Ver de Novo. A peçonhenta da vez é Thelma.

Vivida por Adriana Esteves, assim como a Carmem Lúcia da trama de 2012, a malvada de agora vai se tornar a grande vilã de Amor de Mãe ao assassinar por atropelamento Rita (Mariana Nunes).

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Thelma, a malévola da novela: comportamento doentio justificado pelo amor maternal
Thelma, a malévola da novela: comportamento doentio justificado pelo amor maternal
Foto: GShow / Reprodução

O crime será cometido para impedir que a mãe biológica de Camila (Jessica Ellen) ajude Lurdes (Regina Casé) a descobrir que Danilo (Chay Suede) é seu filho roubado na infância — e que fora adotado de maneira irregular por Thelma após um incêndio causar a morte de seu marido e do filho único ainda bebê.

Desde sempre, a dona de restaurante demonstra sinais de sociopatia. A obsessão por Danilo e suas atitudes autoritárias evidenciam transtorno emocional grave e a possibilidade de cometer um crime em nome do amor maternal.

Solitária e infeliz, Thelma se acha dona de Danilo e, ao mesmo tempo, idolatra o rapaz. Não hesita em interferir na vida dele nem sente remorso após fazê-lo. Recorre à condição de mãe para justificar ações inconsequentes.

No capítulo que irá ao ar dia 7, Thelma entrará em trabalho de parto. Dará à luz ao neto, fruto de inseminação. O risco de o aneurisma se romper por conta do parto será superado. Mas o que era apenas uma barriga solidária poderá se tornar uma guerra familiar.

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Há informações de bastidores a respeito da tentativa de Thelma tomar o bebê dos pais biológicos, Danilo e Camila. Obcecada pelo recém-nascido, a mãe má passaria por cima do sentimento pelo filho adotivo e travaria uma batalha judicial contra ele e a nora para ter a guarda da criança.

Caso o boato se confirme será um conflito semelhante ao visto em Barriga de Aluguel, novela escrita por Gloria Perez e exibida na faixa das 18h da Globo entre 1990 e 1991.

A dançarina Clara (Claudia Abreu) lutava na Justiça para ficar com Carlinhos, o menino gerado em seu ventre. O casal infértil que a contratou, Ana (Cássia Kiss) e Zeca (Vitor Fasano), não aceita dividir com a moça o filho biológico.

Com temática vanguardista para aquele momento da sociedade e da ciência, a novela foi um grande sucesso ao gerar discussões acaloradas. Afinal, mãe é quem fecunda, pare ou cria?

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Em Amor de Mãe, Thelma representa o lado sombrio da maternidade. Um viés pouco discutido na TV já que desconstrói a imagem sagrada em torno da figura materna.

O folhetim criado e escrito por Manuela Dias mostra que há mães capazes de atos egoístas e até criminosos. Mães tóxicas, destruidoras, perigosas. Mães adoecidas pelo tal amor incondicional.

A escritora inglesa Rebecca West disse que a maternidade é tão estranha que pode fazer a mulher se tornar uma espécie de Cavalo de Troia, a armadilha de guerra citada na Odisseia de Homero — ou seja, ser seu próprio inimigo e atacar a si mesma.

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