Maria Júlia Coutinho entrou para o rodízio de apresentadores eventuais do 'Jornal Hoje' em junho de 2017. Mas seu maior teste diante das câmeras aconteceu somente no sábado, dia 26.
Pela escala, ela foi a plantonista do dia em substituição aos titulares Sandra Annenberg e Dony De Nuccio.
Do início da manhã até o meio da tarde, Maju ancorou a cobertura da queda da barragem na Mina do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais.
Em circunstância muito diferente da descontração do boletim meteorológico no 'Jornal Nacional', a apresentadora transmitiu segurança e domínio da situação ao conduzir as entradas ao longo do 'É de Casa', do 'SP1' (telejornal do meio-dia exibido na região metropolitana da capital paulista) e na edição especial do 'Jornal Nacional', que começou mais cedo e se estendeu além do horário habitual.
Por mais que o âncora conte com o suporte de dezenas de jornalistas na redação, ele tem sua capacidade individual bastante exigida numa cobertura de tragédia.
As informações são desencontradas, os dados passam a ser atualizados a todo momento e não há tempo de preparar textos – tudo isso ao vivo, com o telespectador à espera de notícias concretas.
Competente, Maju cumpriu a missão. Manteve-se calma e não deixou que a emoção inevitável provocada pela conjuntura comprometesse sua concentração.
Aguentou sete horas de trabalho ininterrupto e, à noite, ainda apresentou a previsão do tempo no 'JN'.
Apesar da tristeza do momento, a jornalista de 40 anos pode se orgulhar de sua performance nesse teste de fogo. Provou estar pronta para desafios maiores na Globo.