Uma ligação fez Ronaldo Esper desistir da ideia de gravar um vídeo especial a respeito da morte de Clodovil Hernandes. Ele havia anunciado o projeto em seu canal no YouTube.
Em live no dia 22 de maio, o estilista revelou temor. “Recebi o telefonema de uma pessoa e é um negócio perigoso”, disse. “Não vou, não. Aí tem máfia. A máfia do mal.”
Clodovil morreu aos 71 anos em 17 de março de 2009. Foi encontrado inconsciente em seu apartamento, em Brasília. Exercia o primeiro mandato como deputado federal.
Oficialmente, ele foi vítima de um AVC (acidente vascular cerebral). Não houve suspeita em relação à circunstância da morte até 2014.
Naquele ano, Ronaldo Esper participou do ‘Balanço Geral SP’, na Record TV, comandado por Luiz Bacci, e surpreendeu a todos ao sustentar hipótese de crime.
Meses depois, ele repetiu a teoria no ‘Tá na Tela’, apresentado pelo mesmo Bacci por alguns meses na Band. “Clodovil pode ter sido assassinado” foi a pauta do programa.
Em entrevista a Sônia Abrão, no ‘A Tarde é Sua’, da RedeTV!, Esper reacendeu a polêmica. “Eu acho que o Clodovil não morreu de morte natural”, disse.
“Ou foi um assassinato com fundo político, alguém que não gostava dele, ele estava criando ‘casos’ lá em Brasília; ou então ele foi assassinado por um garoto de programa”, argumentou o estilista.
Ele explicou a origem de tal desconfiança. “No dia (da morte de Clodovil), eu tive uma intuição. ‘Acho que aí tem coisa’. Depois ouvi muitas pessoas. Fui juntando coisa com coisa. Essas pessoas também têm dúvida.”
O titular deste blog participou daquele programa. “Se hipoteticamente foi um assassinato. Você está mexendo nesse vespeiro. Não tem medo de ser a próxima vítima?”, questionei.
“Sua pergunta é bem pertinente. Já teve muita gente me ameaçando, telefonando”, contou Ronaldo Esper. “Não posso provar nada.”
Ele e Clodovil foram amigos no auge da moda brasileira clássica, inspirada nas marcas europeias de alta costura.
Depois, a concorrência por clientes e a rivalidade como apresentadores de TV gerou animosidade entre os dois. Chegaram a travar batalha na Justiça por conta da troca de insultos e deboches.