Pesquisa realizada pela consultoria de inteligência de mercado e relacionamento digital Elife, em parceria com a agência de soluções criativas SA365, confirma a pouca diversidade racial nas peças publicitárias nas redes sociais brasileiras.
Monitoramento de janeiro a dezembro de 2019 em 5.261 posts no Facebook e no Instagram dos 20 principais anunciantes do País indicou o protagonismo de brancos. Eles apareceram em 87% das ações. Enquanto isso, negros foram inseridos somente em 34% dos anúncios.
De acordo com os promotores do levantamento, houve queda de 10% na visibilidade de negros na comparação com 2018. Uma sub-representação gritante. Pretos e pardos representam 56% da população do Brasil.
Essa distorção da realidade social e do perfil dos consumidores na escalação do elenco de anúncios deve mudar. A recente onda de protestos antirracistas pelo mundo fará as agências de publicidade reverem a presença de negros nas campanhas criadas a seus clientes.
O mesmo estudo indicou a baixa representatividade de outro grupo alvo de preconceito: os LGBTs. Apenas 4% dos anúncios online de grandes anunciantes tinham figuras públicas assumidamente gays, lésbicas ou afins, ou alguma representação afetiva dessa minoria.
Os asiáticos (1%) e as pessoas com algum tipo de deficiência (3%) também apareceram pouco na publicidade veiculada nas redes sociais no ano passado. Os indígenas não foram vistos em nenhum dos mais de 5 mil anúncios analisados.