Olhares lascivos, língua deslizando sobre o lábio, carícia nos cabelos, movimento de quase beijo... Teve tudo isso na sequência que deu início ao ‘casal de 3’ de O Sétimo Guardião.
Em cena do capítulo de terça-feira, dia 30, Laura (Yanna Lavigne) recebeu em seu quarto a cúmplice Louise (Fernanda de Freitas) para pagá-la, em dólares, por informações a respeito da inimiga Valentina (Lília Cabral).
No meio da conversa, com as duas sentadas frente a frente na cama, pintou um clima.
A temperamental filha de Olavo (Tony Ramos) deixou evidente seu interesse sexual pela assistente – e foi correspondida.
Em comum, as duas têm a ambição, a falsidade e a atração potencialmente fatal por Sampaio (Marcello Novaes), amante de ambas. Agora, elas revelam possuir também a mesma versatilidade sexual.
“Eu, você e Sampaio formando uma trinca com os mesmos desejos e objetivos”, sugeriu Laura. “Não deixa de ser uma ideia interessante”, respondeu Louise, a poucos centímetros da boca da outra.
Na semana que vem será exibida uma sequência que confirma o trisal. Os personagens Laura, Sampaio e Louise passam a ter falas sugestivas a respeito de tal ligação erótica e carnal.
O rumo dessa trama é a cara do autor Aguinaldo Silva. Homossexual assumido e politicamente incorreto, ele sempre desafia o conservadorismo e a falsa moralidade em suas novelas.
Usa o deboche – uma de suas marcas registradas – para fazer crítica social e, ao mesmo tempo, tirar o telespectador da letargia no sofá.
É possível ouvir a gargalhada de Silva ao imaginar o espanto e a fúria da tradicional família brasileira diante de sua nova ousadia dramatúrgica.
A luxúria que emerge em O Sétimo Guardião parece ser uma resposta aos ataques contra a liberdade de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e afins no País.
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