A matéria de 6 minutos com Felipe Neto no Jornal Nacional de quinta-feira (30) teve enorme repercussão na mídia e nas redes sociais. A denúncia da campanha de difamação contra o influenciador digital rendeu a ele um convite para debater fake news, radicalismo ideológico e desconstrução de biografias na GloboNews, na noite de domingo (2).
Ao vivo, o youtuber criticou o canal de notícias do Grupo Globo por dar espaço ao discurso de negacionistas da covid-19 como o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), aliado do presidente Jair Bolsonaro. Questionado se aceitaria se sentar com blogueiros bolsonaristas para debater o projeto de lei contra fake news, o influenciador surpreendeu na resposta. "Não me sentaria, da mesma forma que eu não aceito aparecer na CNN Brasil pela mesma razão".
Na emissora inaugurada em março deste ano trabalham o debatedor Caio Coppolla e o jornalista Alexandre Garcia, ambos defensores das opiniões e pautas de Bolsonaro. Na GloboNews, Felipe Neto disse que certas pessoas "que sempre ficaram no esgoto da opinião pública" agora circulam como "ratos pela cidade", "contaminando todo mundo" com seu discurso conservador.
No fim de semana, a comentarista Natuza Nery comentou na GN a crescente dimensão política do youtuber. Ela disse que vários veteranos do poder em Brasília temem a influência de Felipe Neto nas próximas eleições. Ele poderia ser um catalisador de votos, assim como atrapalhar candidatos com plataforma eleitoral contrária ao seu pensamento.
No sábado (1.º), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Democratas-RJ), defendeu Felipe Neto dos ataques virtuais e o convidou para conversar sobre o projeto contra fake news em discussão no Congresso.