Janeiro de 2017. Antonio Banderas sofre um infarto. Estava com 56 anos. Socorrido, precisou ser submetido a uma cirurgia de emergência.
Foram implantados três stents (pequenos tubos) em suas artérias coronárias para evitar novas obstruções.
Maio de 2019. O ídolo espanhol é premiado como melhor ator no Festival de Cannes pelo filme Dor e Glória, de seu amigo Pedro Almodóvar.
Ele afirma ter passado por uma transformação nesses dois anos e quatro meses entre a entrada no centro cirúrgico e a subida ao palco para receber o cobiçado troféu – um cristal talhado pela famosa joalheria suíça Chopard.
“Você pode agradecer por ter tido um ataque cardíaco?”, questionou Banderas, irônico, em entrevista ao diário espanhol El País.
“Porque realmente me ajudou a refletir, a ver que estamos morrendo, vulneráveis. Você começa a eliminar bobagens e fica com o essencial. O ataque cardíaco foi uma benção.”
Totalmente recuperado, o artista está com a agenda cheia. Tem cinco filmes na fila de lançamento até o final de 2020, e fechou contrato para começar a rodar outros três longas.
Aquele jovem que, por algum tempo, sofreu com as limitações artísticas impostas pelo rótulo de ‘latin lover’ agora, perto dos 60, usufrui de prestígio e credibilidade entre os maiores produtores e cineastas de Hollywood.
O prêmio em Cannes é a coroação de uma carreira bem-sucedida e da maturidade de um ator que sempre entregou o coração a seus personagens.