Sem querer, algumas pessoas ganham 15 minutos de fama. Na noite de sexta-feira (22), foi a vez do pedreiro e motorista Eduardo Luis Alves. Ele vestiu a fantasia de pelúcia do 'Zé Gotinha' - mascote das campanhas de vacinação no Brasil - na cerimônia de chegada ao Rio de Janeiro dos 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford, produzida na Índia.
Eduardo soube que encarnaria o carismático personagem apenas 1 hora antes do evento. Ele recebeu o convite de uma amiga, que é funcionária da presidência da Fiocruz. A curiosa história foi contada ao vivo na CNN Brasil pelo repórter Pedro Durán durante a narração do desembarque do contêiner no Aeroporto do Galeão.
O 'Zé Gotinha' improvisado parecia meio perdido na pista. Duas mulheres ajeitavam a cabeça da fantasia a todo momento e passavam instruções. A certa altura da transmissão, o personagem foi posicionado diante das dezenas de repórteres, cinegrafistas e fotógrafos. Sozinho e quase imóvel, se tornou atração principal por alguns minutos enquanto se aguardava a aparição das autoridades.
Quando ficou entre ministros e cientistas, 'Zé Gotinha', ou melhor, Eduardo Luis Alves, enfim se soltou. Fez 'joinha' e deu tchauzinho para a imprensa. Após posar para fotos e imagens entre os representantes do governo federal e da Fiocruz, ele foi tirado de cena. Saiu como chegou: meio atrapalhado e gracioso sob a fantasia pesada. Naquele momento, fazia 28º C no Rio.
Curiosidade: o personagem-símbolo da vacinação no Brasil foi criado pelo artista plástico Darlan Rosa no início da década de 1980, a partir de encomenda do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a infância), a fim de impulsionar a campanha de erradicação da pólio no País. A campanha para a escolha do nome recebeu centenas de sugestões iguais: 'Zé Gotinha'. Quarenta anos depois, o mascote ainda faz sucesso entre crianças e adultos.