“Como cidadã vou me posicionar sempre. Mas usando o meu poder de influenciadora ou de artista, não me meto mais com política”, disse Claudia Raia no ‘Papo de Segunda’, do GNT, em março deste ano. A história mostra que sua decisão é sábia.
Matéria da Folha de S. Paulo revela que a atriz teve um contrato milionário cancelado em 2018 após um vídeo postado em rede social. Na gravação, Raia faz sinal negativo com o dedo e diz “Ele não”, slogan da campanha anti-Bolsonaro. A manifestação ocorreu às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial daquele ano.
Na época, a artista comandava uma equipe de notáveis das artes no _Teatral, projeto cultural sediado em São Paulo. Ela era a curadora da programação que prometia uma nova experiência audiovisual ao público. Uma proposta ambiciosa que teve ampla repercussão na imprensa.
De acordo com o jornal, 24 horas após o post antibolsonarista, Claudia Raia foi comunicada do cancelamento do patrocínio da Prevent Senior, operadora de saúde que na ocasião era alinhada ao então candidato e, hoje, é alvo da CPI da Covid por suspeita de irregularidades no tratamento de pacientes internados com coronavírus e fraude em certidões de óbito de vítimas da doença.
Foi a segunda vez que a estrela da TV e do teatro musical acabou prejudicada por se manifestar em relação a um presidente da República. Trinta anos atrás, ela se viu ‘cancelada’ por apoiar Fernando Collor, alvo de processo de impeachment. Uma série de boatos prejudicou sua imagem e carreira.
“Diziam que eu transava com o Collor na despensa da Casa da Dinda”, relembrou a artista no ‘Papo de Segunda’. “Fui vaiada em Brasília, tive minhas contas invadidas, meu carro quebrado, mutirão na minha casa”, contou.
No mesmo período do mexerico sobre sua ligação com o polêmico presidente que dizia ter “aquilo roxo”, Raia enfrentou o rumor de que seria portadora do vírus HIV. A atriz se sentiu obrigada a fazer um teste e exibi-lo numa coletiva de imprensa para desmentir a fofoca.