Um dos vídeos viralizados nos últimos dias mostra uma repórter do Fofocalizando, do SBT, durante tentativa de entrevistar Bruna Marquezine.
“E essa história com Anitta, você torceria para ela ficar com Neymar ou com Medina?”, questiona a jornalista.
Visivelmente incomodada, a atriz solta um riso nervoso.
“Você jura? Você não tem vergonha de me perguntar isso, não?”
“Não”, retruca a repórter, enquanto Marquezine se afasta.
É de conhecimento público a animosidade entre Bruna e Anitta por conta de Neymar – ex-namorado de uma e suposto affair carnavalesco da outra.
A imprensa de celebridades e fofocas insiste em manter a jovem estrela das novelas da Globo na órbita do atacante do Paris Saint-Germain.
Os repórteres não perguntam a respeito de futuros trabalhos, as ações sociais feitas pela artista, o que ela pensa sobre assuntos relevantes... Querem saber tão somente sobre Neymar, Neymar, Neymar e, agora, a hipotética rivalidade com Anitta.
Alguns jornalistas pisoteiam a ética e ignoram a empatia na missão de conseguir uma declaração bombástica (ou uma reação equivalente, como a de Marquezine nesse caso) que gere audiência, seja na TV ou na internet.
É quase invisível a linha entre o respeito e o desrespeito na relação da imprensa com os astros da TV. Pode-se atravessá-la até sem ter a intenção. Contudo, em muitas situações, há premeditação.
O jornalista tem o direito e a missão de perguntar. Não apenas questões agradáveis para respostas previsíveis. Mas não deve infringir opressão e dor emocional.
A rusga entre Bruna Marquezine e a repórter do Fofocalizando não foi exibida na atração vespertina após a reação negativa que a chamada para a entrevista despertou em muitos telespectadores.
O dano já estava causado. O vídeo se espalhou pelas redes sociais e, consequentemente, resultou em manchetes na imprensa.
Nessa caçada implacável por descortinar a intimidade dos famosos para atender a curiosidade do público e garantir alguns décimos de audiência a mais ou muitos cliques em links, não há vencedores. Todos perdem.
