A Globo registra perda de público em várias regiões do Brasil. Os índices de Goiás, Bahia e do Distrito Federal, por exemplo, apontam perda significativa de público em horários relevantes da programação. Mas, no geral, a emissora ainda mantém liderança folgada.
Na audiência diária, das 7h à meia-noite, a Globo frequentemente tem mais audiência do que RecordTV e SBT juntos. Quase todos os dias, seus programas dominam o ranking das 15 atrações mais vistas no País.
Crises regionais à parte, o canal da família Marinho continua a ser o preferido na mais prestigiada área de aferição do Ibope: a região metropolitana de São Paulo. A novela das 21h chega a atrair 9 milhões de pessoas. O Jornal Nacional, 8 milhões.
A parte mais rica do território brasileiro garante a supremacia da Globo no mercado publicitário. Os números de São Paulo são a base de referência para determinar o investimento da maior parte das verbas milionárias dos grandes anunciantes.
Os paulistas que geram 30, 35, 40 e até 45 pontos de audiência à emissora carioca parecem ignorar as críticas à qualidade da programação do canal e as tentativas de boicotá-lo por questões políticas e ideológicas.
Enquanto a Globo conseguir se manter em alta nessa região, terá garantido o seu status, mesmo com derrotas em outros polos urbanos. Agradar ao público de SP é uma questão de sobrevivência para a mais poderosa rede de TV.