Eike Batista adora uma câmera. O exibicionismo e a ostentação fazem parte de sua personalidade – e ele sempre contou com a cumplicidade da mídia para propagandear sua imagem e seus negócios.
Era assim na época em que se tornou, segundo a imprensa, o sétimo homem mais rico do planeta e continua a ser agora, quando o status principal mudou para foragido internacional da Operação Lava Jato.
Na noite de domingo (29), ao chegar no aeroporto JFK, em Nova York, o empresário foi recepcionado por uma câmera da Globo.
O correspondente da emissora, Felipe Santana, e o repórter-cinematográfico Sherman Costa o aguardavam na área de embarque.
Eike parou, concedeu entrevista calmamente, posou para selfies com passageiros. Quem foi rei nunca perde a majestade.
“Embarquei com Eike em direção ao Rio, chegamos às 10h. Nos aguardem”, informou Santana em seu perfil no Twitter, pouco depois da meia-noite.
O jornalista fez outros posts no microblog enquanto a aeronave deixava os Estados Unidos em direção ao Brasil. “Eike nem jantou, virou dois copos de leite e agora tenta dormir”, relatou.
Em outro tweet, o correspondente indica ter conversado a bordo com o ex-Midas brasileiro: “Eike diz que apoia a Lava Jato mesmo que ela lhe custe a liberdade. ‘As pessoas têm que pagar pelos erros que cometeram’”.
O ‘Fantástico’ mostrou imagens do empresário no aeroporto e o ‘Bom Dia Brasil’ desta segunda (30) colocou no ar uma declaração de Eike gravada perto do portão de embarque. A matéria completa será exibida no ‘Jornal Nacional’ desta noite.
Ainda no domingo, às 23h12, um plantão da GloboNews interrompeu a programação para destacar trechos da entrevista exclusiva.
Mais uma vez o jornalismo do Grupo Globo sai na frente, ofusca as demais emissoras e ajuda a transformar Eike Batista no novo pop star da Lava Jato.