Enquanto alguns jornalistas de política insistem defender verdades absolutas a qualquer custo e outros se deixam dominar por manifestações emocionais exageradas, a correspondente em Washington Raquel Krähenbühl dá aula de como fazer jornalismo ao vivo diretamente do centro nervoso da notícia.
Na GloboNews, suas entradas da sala de imprensa da Casa Branca revelam o que geralmente o telespectador não vê: o clima nos bastidores do poder e o trabalho tenso de quem participa da cobertura da eleição presidencial.
Celular em mãos, Krähenbühl exibe o ‘por trás das câmeras’: a preparação antes dos pronunciamentos oficiais, a movimentação dos colegas de outras emissoras, o vaivém frenético de assessores e novos ângulos da residência oficial e principal local de trabalho do Presidente dos Estados Unidos.
Enquanto filma o que acontece, a jornalista narra os dados apurados com suas fontes e os fatos ocorridos naquele exato momento. Ela faz o público se sentir dentro da notícia. Após o fim da votação, flagrou o clima de ‘já ganhou’ da equipe de Trump no East Room (Salão Leste) e até ganhou um aceno simpático de um dos líderes da campanha do Partido Republicano.
No dia seguinte, capturou a montagem para o polêmico pronunciamento de Trump no qual ele fez denúncias de fraude na apuração dos votos. Desenvolta, circulou pela ‘press room’ e depois foi para o lado de fora, onde continuou a transmitir informações ao lado de outros jornalistas.
Raquel Krähenbühl apresenta uma Casa Branca que nenhum outro correspondente brasileiro de TV mostrou antes. Esses bastidores agregam valor à notícia e deixam mais interessante a experiência de assistir à cobertura da complexa eleição americana.