Toda vez que Pedro Neville surge na tela da GloboNews, volta à mente da gente a imagem do jovem repórter em 20 de dezembro do ano passado, um plantão de domingo com foco nas notícias a respeito da pandemia.
Ele informava ao vivo a respeito da morte da atriz Nicette Bruno, vítima do coronavírus, quando revelou uma tragédia familiar. “Há quase dois meses, a minha mãezinha também se foi por conta da covid-19", contou, voz trêmula, segurando as lágrimas.
Em seguida, relatou como dona Lilian, de 63 anos, foi contaminada em uma viagem e sua luta contra a doença até morrer, no início de novembro. O desabafo daquele filho enlutado comoveu a âncora no estúdio, Lilian Ribeiro, e repercutiu nas redes sociais e na imprensa.
Desde então, Pedro continua a atualizar os dados da pandemia na TV. Comenta o número de contaminados, a soma dos mortos, as decisões dos governos, os flagras de aglomeração, o avanço lento da vacinação.
O jornalista sempre aproveita a oportunidade para tentar conscientizar o telespectador sobre os protocolos sanitários. Demonstra preocupação genuína com as pessoas. Parece querer evitar que mais gente passe pelo mesmo sofrimento de sua família.
Descontraído e carismático, Pedro Neville se tornou um exemplo de resiliência. Ainda que fragilizado em sua dor imensurável, ele segue em frente com sua missão profissional, a falar de assunto que suscita lembranças tristes.
Apesar das perdas irreparáveis, a vida, ainda bem, se renova. Na sexta-feira (2), durante participação no ‘Edição das 18h’, o repórter foi cumprimentado por Leila Sterenberg. “Pedro vai ser papai outra vez”, comemorou a apresentadora.
Surpreso, Pedro Neville exalou alegria em meio às manchetes lúgubres da pandemia. “Notícias boas também acontecem. O Rafael está vindo aí”, comentou o repórter, feliz sob a máscara. Quem se sensibilizou com ele meses atrás teve um bom motivo para sorrir junto.