Novelas antigas são um bom negócio. Servem para ocupar espaços vazios na grade e podem até surpreender no Ibope. No momento, algumas produções comprovam esse duplo benefício.
Na Globo, Por Amor (1997/1998) se tornou um fenômeno no Vale a Pena Ver de Novo. Está com média de 17 pontos, apenas 1 atrás de Malhação – Toda Forma de Amar e não muito longe dos 21 pontos da trama das 18h30, Órfãos da Terra.
No horário nobre do SBT, Cúmplices de um Resgaste (2015/2016) se mantém com 11, enquanto a inédita As Aventuras de Poliana registra 13 de média.
Na faixa vespertina da RecordTV, Bela, a Feia (2009/2010) está com 7 e Caminhos do Coração (2007/2008) tem 6. Nada mal na comparação com a produção do momento, Topíssima, na casa dos 8 pontos.
Os repetecos de novelas são a melhor solução quando não há dinheiro para investir em programas novos ou ainda como estratégia a fim de melhorar a audiência de determinados horários. Uma solução fácil e barata.
O público das reprises se divide basicamente em três grupos: os saudosistas (aqueles que gostam de rever as ‘boas novelas de antigamente’), a nova geração (gente que não acompanhou a exibição original) e os sem-opção (telespectadores que, na falta de canais pagos, permanecem sintonizados na TV aberta).
Essas novelas de alguns ou muitos anos atrás fazem sucesso também entre os que têm assinatura de TV.
Na lista dos cinco canais pagos mais vistos no País está o Viva (no ar desde 2010 pela programadora Globosat), especializado em reprises.
O gênero telenovela vive altos e baixos, mas está sempre entre os preferidos do brasileiro.