A redação de jornalismo do SBT tem profissionais competentes e dedicados. Produtores, pauteiros, editores e repórteres fazem o melhor possível para levar ao ar telejornais de qualidade. Mas o departamento ganha imagem vexatória por conta das gafes, da indisciplina e do sensacionalismo de alguns apresentadores.
A produção jornalística do SBT quase não gera repercussão na imprensa. Mas confusões diante das câmeras e fofocas de bastidores ganham eco estrondoso na mídia. Frequentemente se lê manchetes a respeito de atrasos, chiliques e declarações odiosas da parte de alguns âncoras.
Esse tipo de antinotícia suscita publicidade nociva à emissora de Silvio Santos. Uma espécie de autossabotagem que contribui para a perda de credibilidade e relevância do SBT na comparação com seu principal concorrente, a RecordTV.
O canal de Edir Macedo reforçou a programação jornalística e tem registrado aumento de audiência em algumas faixas, como a do Jornal da Record. Raramente ressoam boatos sobre polêmicas internas entre apresentadores e outros profissionais do jornalismo. Enquanto isso, no SBT, os deslizes ofuscam as notícias e envolvem a emissora em controvérsias prejudiciais.
O SBT já foi o canal com melhor aprovação entre o público consumidor de TV. Havia uma torcida geral para que alcançasse a Globo no Ibope. Hoje, aquela que se apresenta como 'emissora mais feliz' do País padece por não controlar o comportamento errôneo e a verborragia irresponsável de alguns de seus contratados.
Nem adianta a empresa tentar se eximir de responsabilidade ao argumentar que a opinião dos apresentadores problemáticos não representa o pensamento da emissora. Eles são, sim, a cara e a voz do canal. Negar isso é de uma insensatez inaceitável.