Sem salvar o BBB17, Globo se faz de sonsa e lança o BBB18

Emissora tenta superar uma edição morna criando expectativa para a próxima

28 mar 2017 - 11h47
(atualizado às 11h47)

O Big Brother Brasil 17 acabou? É isso mesmo, produção? Na noite dessa segunda-feira (27), marcada pela eliminação de Daniel, o apresentador Tiago Leifert anunciou a abertura das inscrições para o BBB18. Nos anos anteriores, só foi possível se candidatar semanas após o fim da última edição.

Parece uma tentativa de encobrir o insucesso atual por meio da promoção antecipada da próxima temporada. E não deixa de ser um recado da Globo: o Big Brother Brasil tropeça, mas não cai. A audiência e o faturamento o garantem nos planos da emissora.

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Tiago Leifert anunciou que haverá seletiva em 13 capitais para o BBB18
Tiago Leifert anunciou que haverá seletiva em 13 capitais para o BBB18
Foto: Paulo Belote/TV Globo

Esta edição do reality show termina no dia 13. Mas o clima já é de ressaca – com uma dor de cabeça que fará a equipe chefiada por Boninho repensar a sobrevivência artística do programa.

Emily e Marcos podem ser considerados os vencedores, ainda que não venham a levar o prêmio. Os dois ofuscaram os demais participantes e se tornaram a atração principal da casa. Até porque não houve rivalidade por tal protagonismo.

Antes mesmo do fim, o BBB17 está garantido na lista das edições menos interessantes desde a estreia do formato no Brasil, em 2002. Faltou emoção, competitividade, bom humor, empolgação.

Uma edição que começou diferente – sem o carisma de Pedro Bial nem as animações indispensáveis de Maurício Ricardo – foi se revelando estranha semana após semana.

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A monotonia ocupou os quatro cantos da casa. Nenhum participante se destacou pelo entusiasmo. O grupo parecia formado exclusivamente por antagonistas.

O programa virou uma repetitiva terapia de casal e a disputa em nenhum momento suscitou expectativa nem surpresa, uma vez que as enquetes dos sites sempre acertam antecipadamente os eliminados e indicaram possíveis finalistas.

Em sua estreia como âncora, Leifert começou acanhado e, aos poucos, se transformou numa espécie de ombudsman deste BBB, fazendo uma autocrítica da atração diante das câmeras e interferindo na dinâmica mais do que o habitual.

Funcionou, mas não o suficiente para energizar a competição. Resta aguardar o Big Brother Brasil 18. O desejo de ganhar 1,5 milhão de reais e se tornar famoso instantaneamente ainda mobiliza milhares de pessoas. Talvez milhões.

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Assim que a concorrência por vagas para a próxima edição foi lançada na TV, a plataforma de inscrições sofreu sobrecarga de acessos e ficou instável. O BBB está catatônico, mas sobreviverá.

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