O homem sensível que sofre sob o mito alegre. Assim Silvio Santos se revelou em um antigo quadro de perguntas feitas a ele pelas 'colegas de auditório'. Trechos de programas daquela época — alguns de 25, 30 anos atrás — circulam no aplicativo de vídeos TikTok, febre entre jovens e adolescentes.
Em um deles, uma moça na plateia pergunta a Silvio qual foi sua maior tristeza e a maior alegria. "Minha maior tristeza foi a morte da minha esposa chamada Cida, aos 39 anos de idade, com câncer no estômago. A minha maior alegria foi ter conhecido a minha esposa Iris, mãe das minhas quatro filhas", respondeu o dono do SBT, com incomum seriedade.
Maria Aparecida Vieira Abravanel morreu em 22 de abril de 1977. Com ela, Silvio teve a primeira filha, Cíntia, e o casal adotou Silvia. Com a segunda esposa, Iris Pássaro, o 'homem do Baú' se tornou pai também de Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata.
Por quase 20 anos, o apresentador manteve o casamento em sigilo. Ele queria vender a imagem de solteiro convicto e sem filhos. Assim promovia a imagem de galã cobiçado e alimentava a esperança das fãs apaixonadas.
Em 1988, na TV, manifestou arrependimento por não ter tido convivência pública com Cida e as primeiras duas filhas. "Quando eu falo com a minha consciência, eu acho que é uma das coisas imperdoáveis que eu fiz, diante da minha imaturidade."
Muito antes de Bolsonaro se referir aos filhos com numerais (Zero Um, Zero Dois, Zero Três e Zero Quatro), Silvio Santos já chamava as herdeiras por números. "Minha filha número 4", dizia, quando falava de Patrícia, por exemplo. Ele sempre fez autoironia por ter seis filhas mulheres e nenhum filho homem.