Além de perguntar a intenção de voto dos brasileiros, o Datafolha passou a questioná-los a respeito de outras questões relevantes nesta eleição atípica e tumultuada.
Na mais recente pesquisa, divulgada na quinta-feira (18), os agentes do instituto perguntaram se haveria chance de o eleitor mudar o voto após acompanhar debates na TV entre os presidenciáveis.
Responderam ‘sim’ 23% das pessoas. Entre elas, 6% afirmaram que a possibilidade de trocar de candidato seria ‘grande’.
Para 76%, o voto está definido, sem brecha para mudança. Apenas 1% afirmou não saber se o confronto olho a olho dos presidenciáveis seria capaz de influenciá-los.
Dos mais de 9 mil eleitores ouvidos pelo Datafolha, 73% disseram que Jair Bolsonaro (PSL) deveria comparecer aos debates agendados por emissoras de TV. ‘Não deveria ir’ foi a resposta de 23%. Os que ‘não sabem’ somaram 4%.
Em entrevista à GloboNews, Bolsonaro anunciou que não vai participar dos eventos previstos para o dia 21 na RecordTV e no dia 26 na Globo, apesar de ter sido liberado pela equipe médica para cumprir compromissos externos.
“Ele tem uma boa explicação ao eleitorado para não ir aos debates, que é a saúde. Quem vota nele não vai passar a votar no Haddad só porque o Bolsonaro não compareceu a um debate”, analisou Merval Pereira na ‘Central das Eleições’.
Nesta eleição, a propaganda eleitoral na TV e os debates perderam poder de influência em relação aos eleitores. Enquanto isso, as redes sociais e o WhatsApp se tornaram as plataformas preferidas para a caça aos votos.
Ainda que atacado por todos os lados, o telejornalismo manteve sua importância na campanha.
Os candidatos compareceram às entrevistas nos estúdios e dão atenção aos repórteres no dia a dia.
Eles sabem que a visibilidade diária nos telejornais ainda possui valor inestimável a quem ambiciona sentar na cadeira de presidente da República.
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